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A UM AUSENTE


A UM AUSENTE


Tenho razão de sentir saudade,
tenho razão de te acusar.
Houve um pacto implícito que rompeste
e sem te despedires foste embora.
Detonaste o pacto.
Detonaste a vida geral, a comum aquiescência
de viver e explorar os rumos de obscuridade
sem prazo sem consulta sem provocação
até o limite das folhas caídas na hora de cair.

Antecipaste a hora.
Teu ponteiro enlouqueceu, enlouquecendo nossas horas.
Que poderias ter feito de mais grave
do que o ato sem continuação, o ato em si,
o ato que não ousamos nem sabemos ousar
porque depois dele não há nada?

Tenho razão para sentir saudade de ti,
de nossa convivência em falas camaradas,
simples apertar de mãos, nem isso, voz
modulando sílabas conhecidas e banais
que eram sempre certeza e segurança.

Sim, tenho saudades.
Sim, acuso-te porque fizeste
o não previsto nas leis da amizade e da natureza
nem nos deixaste sequer o direito de indagar
porque o fizeste, porque te foste

Carlos Drummond de Andrade

NADA MAIS...


NADA MAIS...


Nada mais se ouvia
Nem os suspiros
Gemidos do amor incontido
De todos os furores carnais
Este silêncio que tu agora
Vives é tão somente
Uma lembrança amarga
Uma saudade que faz
Festa solitária no teu corpo
Que ainda freme por mim
E fique certo, meu amado,
De que embora tenhamos pecado
Ainda sinto amor por ti
E voltarei, com os olhos brilhando
A te convidar para uma nova festa...
Uma festa que será só nossa e que não terá fim!


Lully

coisa mais linda do mundo
seu blog esta perfeoto e não tem nenhum problema.
Entrei e o visual continua o mesmo,
postei e excluí com sucesso e agora estou deixanddo essa mensagem
que peço que apague assim que entrar.
é apenas para que vc tenha certeza que eu olhei e não achei nada de errado com o blog
mais lindo e romantico de toda a internet.

QUEM ME DERA...


QUEM ME DERA...



Quem me dera ser da vida essa quimera
Mas não sou...sou apenas uma mulher
Que sonha com o amor, ri, se machuca e chora
Cai, se levanta e continua sem se deixar vencer!

O meu sorriso, que tu dizes lindo, apenas ilumina
A quem nessa vida os braços amigos me estender
Quem me dera ser da vida essa quimera
Mas não sou...sou apenas uma mulher.

Não sou anjo, tampouco uma diabinha
E tu, amado amigo, me vês como uma musa
Reflexo dos teus olhos repletos de harmonia
Que vêem poesia e beleza em tudo que espera.
Quem me dera ser da vida essa quimera!


Lully

SOMBRA


Que sombra é essa que se aproxima lentamente,
deixando no ar uma fria melancolia?
Caminha descalça na nascente,
vestida de vermelho transparente,
gotejante de orvalho como lágrimas sentidas.

Ao chegar no fim do horizonte
pára e espera pela luz da lua,
procurando um sonho submerso
lá no meio das estrelas cadentes.

É uma sombra perfumada de flores,
essência de vários amores
que se foram pelo caminho,
como acordes de uma música suave
que, com tristeza, se dissipou no ar.

Irrompe então a madrugada, tudo se veste
de uma cor de ouro, mas a sombra permanece
e cresce no meu seio, não tem como ir embora,
pois é a saudade que você deixou
alí na minha pele tatuada!


Alessandra

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