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Autor: Daniel Fiúza
24/10/2010

Você é meu começo
Meu terço, minha reza,
Minha fresa, minha fé,
Meu café, meu endereço.

Você é meu sonho encantado,
Meu fado, meu ouro,
Meu tesouro desenterrado.

Você é o meu meio,
Meu passeio nas nuvens,
Meus anseios, meu dilúvio,
Meu tudo desenganado.

Você é minha promessa

Minha princesa
Minha remessa de carinho
Meu canto sozinho
Minha recompensa,
Minha carência e meu vinho.

Você é o meu achado
Meu passado a limpo
Meu garimpo de paixão,
Minha emoção, meu porvir.

Você é a minha estrela,
Verdadeira, meu caminho,
Meu carinho guardado
Meu delírio desesperado
Você é meu fim.

Você é minha musa

Mesmo confusa
A dona dos meus ais
Minha dama da noite,
minha paz e meu açoite.

Depois de você,
Nada mais.

TEUS SEGREDOS...


Teus segredos...



Desvendar os teus segredos tento
Nessa dança sensual e bela
No meio do brilhante firmamento
Tu acolhes o meu corpo de donzela.

Tua vontade é prender o momento.
Mas com olhos doces de gazela
Desvendar os teus segredos tento
Nessa dança sensual e bela.

Me subjugas, numa dança paralela
Tudo ao redor se torna encantamento
A paixão por fim se revela
Rodopio contigo em deslumbramento
Nessa dança sensual e bela.


Lully




Em nenhuma flor...



Em nenhuma flor você há de encontrar
esse perfume que emana de mim...
Um olor almiscarado, que o deixa imaginar,
é um gosto de pecado que parece não ter fim!

Venha me provar, sinta a minha pele arrepiar
ao sentir sua boca ardente me beijar enfim!
Em nenhuma flor você há de encontrar
esse perfume que emana de mim...

Não deixe essa fragrância sumir
Nem permita que se seque ao sol
Guarde-a com paixão, como um elixir
Num intenso êxtase, até acontecer o arrebol
Em nenhuma flor você há de encontrar...


Lully


Filho das águas



Autor: Daniel Fiuza

09/12/2000



Sou das águas um filho,

Nasci em dia de chuva,

Tenho parceria com o mar,

Da lua sou reflexo e o brilho.



Convivo com gaivotas e baleias,

Sou cúmplice do ciclo das marés,

Conto meus segredos ao vento,

Perde-se nas brumas das sereias.



Gosto da mulher sempre molhada,

Como a beira da praia, em vai e vem,

De champanhe, na chuva, ou suada,

Em parcerias liquidas, me mantém.



Mulher golfinhos, nadando sensual,

Sinuosa, deslizando erótica molhada,

Cardumes de desejos, em temporal,

Meus braços no mar... Meu corpo enseada.

VOANDO...


VOANDO...


Além do tempo, além do horizonte
Voando de cabelos ao vento
Sem que ninguém me afronte
Entro no teu pensamento

Com a certeza de entrar na pura fonte
Do teu desejo nesse momento
Além do tempo, além do horizonte
Voando de cabelos ao vento

Dispo-me antes que o sol desponte
Na cumplicidade do orvalho sonolento
Que com o luar me beija a fronte
Vejo nos teus olhos o arrebatamento
Além do tempo, além do horizonte.


Lully


MISTÉRIOS DA POESIA


Queria saber mistérios da poesia,
Mas me preocupo muito em errar
Vejo ao meu redor, poetas em fantasia
Escrevendo sonetos de se admirar.

Sílabas poéticas passo a contar
Me perco e confundo a sincronia;
Como fazer a inspiração falar
Sem derrubar a métrica e a sintonia.


Difícil é pintar o céu de anil
Ver voar no papel os nossos versos
Como nuvens no amor primaveril.

Erros também saem do coração
Falando da paixão pro universo
Que importa se certos, ou se não são.



Lully


Autor: Daniel Fiúza
08/01/2011

Um destino precoce me convence
A navegar no mar que te pertence
Aportando sutil na tua bela enseada
Exótico porto onde a musa é amada.

Liberto-te da torre negra opressora
Sou teu guia a tua coluna protetora
Os cães notívagos ladram invejosos
Com seus bafos putrefatos e jocosos.

Importa-me apenas teu vivo esplendor
O magnífico que a bruma me mostrou
Transcendendo dos olhos da pequena
Cura da minha paixão a sua verbena.

Arcaico legado que chega do além mar
Em falsas preces malditas ao teu altar
Mesquinharia diante da minha grandeza
Espumas dissipadas na minha fortaleza.

Sou a nau que navega nesse teu oceano
Singro os teus mistérios e não me engano
Amando-te no remanso ou na tua procela
Te beijo muito despertando a Cinderela.

Esqueça tudo que o antigo canto, canta,
O meu poder é bem maior e se agiganta
Os teus mares nunca dantes navegados
São caminhos por mim agora explorados.

Levo-te ao paraíso no sal dos meus beijos
Possuo tua vontade tormentas de desejos,
Joga-te nos meus braços molhada sedução
Sou teu netuno rei, tua sensual de paixão.

Sonho


Sonhei!

Sonhei dormindo,

sonhei acordado,

sonhei longe, e ao teu lado.


Sonhei que te admirava olhando-te nos olhos

Acariciando-te a pele, presenteando-te com um sorriso

para que ao fechar de tuas pálpebras, lembrar-te de mim!

Quero, contudo, apenas te provocar o libido,

cochichar ao pé do teu ouvido, falar sobre o beijo lambido,

e do teu sexto sentido que antevia o abraço

e do teu aconchego no meu braço.


Ao acordar dessa viagem ou seria dessa orgia?

De sonhos, prazeres e realidades imagináveis...

Vi que o mundo não se resumia a nossa folia

e não é feito apenas de poesia,

também é lugar de gente egoísta, gente feia e fria.

De gente que vive de impedir a felicidade alheia

e também e a alegria.


Vou deitar-me novamente

e sonhar que em teu ventre

plantarei uma vivida semente,

que mudará o mundo, ou ao menos a vida da gente.


Edson Carvalho Miranda

LUA CHEIA


LUA CHEIA


É noite de lua cheia
Chegou a hora
A minha hora...
Tal qual uma princesa pagã
visto a túnica branca
debruada de ouro,
tecida com a mais pura lã
pelas sacerdotisas do templo.

Coloco a guirlanda de hera
nos pulsos duas rosas brancas
Entro no círculo de pedras
iluminado pela grande fogueira.
Os canticos se elevam,
as faíscas sobem ao céu
o cheiro da madeira sagrada
envolve o ar.

Tudo está pronto para o sacrifício,
sacrifício do verão
a Baltane, o deus do amor
e eu sou a noiva...
imolada em nome do amor.

Lully

PALAVRAS...


PALAVRAS...


Se tu ficas em silêncio
Embora teus olhos mendiguem
Palavras que ainda abriguem
Um toque de amor macio.

Hoje as palavras não ditas
São de um amargo veneno
Que mata e eu me condeno
Embora tu não admitas.

Jogamos fora tal papel
Como pedras amassadas
São ilusões abandonadas
Tão amargas quanto fel.

E amanhã onde o meu verso
Sem os desejos de ti
Parte como um colibri
No meu poema tão disperso.


Lully

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