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Entrega




Entrega





Demasiado tarde eu percebi
que foi a ilusão de uma poesia
que se embriagou num sonho meu.

Bebendo o doce vinho do parnaso
a fantasia se transformou em realidade
e o sonho acordou na plena sedução.

Demasiado tarde eu percebi
que escreveste um poema em minha pele,
porque eu senti então nas palavras
o sabor do amor em cada letra!

Poesias sensuais em grafias primitivas
escritas com bárbara paixão
seguindo os caminhos de rituais selvagens
numa composição de volúpia e prazer.

Trilhas que queimaste com os dedos teus
assim como incendiaste a seda que me cobre
desvendando assim todos os meus segredos.

Com minhas mãos oníricas e desejosas
sedentas do teu corpo em lavas de vulcão
cobri tua pele com sinais de delicias.

Nessa entrega total eu percebi
que eras o vento que açoitava a minha face
entrando pela porta da poesia!


Lully e Domfiuza.



Inesquecível

(Vilancete)


Ontem, a mão nos cabelos,
um raio passou na mente,
assim, breve mas premente.

Foi a lembrança do teu rosto
que olhava daquele jeito
me sorrindo com trejeito.
Senti no meu peito o gosto,
lembrando o amor em agosto.
Aconteceu de repente,
um raio passou na mente.

Momentos que não se apagam,
amores que não se perdem,
as lembranças em desordem.
Sorrisos que vêm da alma,
que terminam com a calma
nesse amor sempre crescente,
assim, breve mas premente!


Lully

És o que és



És o que és.

Autor: Daniel Fiúza
06/07/2011


És o meu próprio pensar
o simples do limiar
teu tempo de me amar
tua vontade de ficar.

És minha estrada e meu passeio
o trabalho e o recreio
a carta e o correio
a bala no tiroteio
as duas pontas e o meio.

És o guizo e o pé da cobra
começo do fim da obra
o tanto que dá e sobra.

És o rastro da minha alma
o lastro da minha palma
o mastro da minha calma
o sol filtrado em peneira
o papo sério e a besteira
a queda na ribanceira
minha princesa primeira.
.
És a sombra que não some
o ácido que me consome
a fera que ama e come
aquela que sei o nome
a que me faz lobisomem
pecado feito em enxame.

És começo do caminho
a ponta do fino espinho
o gosto doce do vinho
quem não me deixa sozinho
a emoção e o carinho.

És ouro de mil quilates
o enigma e o disparate
a costura e o arremate
o elo do desengate.

És aquela que procuro
O lugar lindo e seguro
a musa que conquistei
és a vida que ganhei.


Poema inspirado no poema "Posso ser"
da excelsa Poeta Lady Lully, minha
querida Poeta princesa.




Zé Limeira galopando


Atravessei os sertões
Em pêlo no meu tordilho
Não comi churros nem milho
Tampouco comi feijões
Dados pelos aldeões
Subi numa laranjeira
De repente deu canseira
Me deixando num bagaço
Eu querendo também faço
Igualzinho a Zé Limeira.

Domfiuza Gran poeta
Nadou lá do Ceará
Com a baleia gagá
Vei’ tocando clarineta
Nas costas de um cometa
Com rimas na algibeira
Pra uma mulher rendeira
Que apareceu no pedaço
Eu querendo também faço
Igualzinho a Zé Limeira

Pobre mulher sem agulhas
Não vai conseguir bordar
Sem sapatos para andar
Tem que contar as estrelas
Para esquecer as favelas
Do burro sem barrigueira
Correndo pela clareira
Com grande estardalhaço
Eu querendo também faço
Igualzinho a Zé Limeira

Corre o galo atrás do bode
No meio da multidão
Vem chegando um caminhão
Pra mode dançar pagode
Vejam como se sacode
Se quiserem a capoeira
Mas não percam a estribeira
Se o Brasil faz um golaço
Eu querendo também faço
Igualzinho a Zé Limeira.

Há uma festa no saguão
Com churrasco de cabrito
Quem quiser um pirulito
Vai sacar do cinturão
Pra poder matar dragão
Precisando de enfermeira
Pra cuidar duma frieira
Mandando tudo pro espaço
Eu querendo também faço
Igualzinho a Zé Limeira.

Já andei pelos sertões
Querendo achar uma prenda
Toda vestida de renda
Procurando os aviões
Pescar peixes sem arpões
Em cima duma mangueira
Para espiar a roceira
Se cair será um fracasso
Eu querendo também faço
Igualzinho a Zé Limeira



By Lully


Observação: Zé Limeira foi considerado o
Poeta do absurdo.

Como um gato



Como um gato


Eu o vi naquela noite fria,
Mas cheia de encanto, sob a lua
Havia no ar um perfume de poesia
Cores que se misturavam ao
Brilho prateado das estrelas.

E desde aquele momento,
Você foi meu e não sabia
Que eu também já era sua.
Como um gato o recolhi
Em meus braços e o aqueci.

Jogando os medos e barreiras
Lá atrás naquela rua escura.
E no seu coração e na sua alma
Você me deixou entrar
E me fez sua dona.

O amor que lá estava
Se libertou e, triunfante,
Com sua força nos aprisionou
E nunca houve ternura maior.


Lully



Amor, paixão e desejo


O amor disse: eu sou poderoso!
Faço o mundo girar e acontecer,
Sem mim ninguém pode sobreviver
Porque eu domino majestoso,
Faço o coração ser amoroso.
Proporciono encontro de casais
Juntos almas e corpos casuais,
Nessa vida do sonho faço amor
Por mim tudo vira um esplendor,
Nessa chama eterna faço a paz.

A paixão disse loucamente,
Viver apaixonado é um risco,
Penetra nosso corpo tal corisco
Precisa sentir urgentemente
Porque vai embora de repente.
Tolhe completamente a razão,
Deixa ofegante o coração,
Onda gigantesca que domina
Te joga pro alto, repentina,
Por isso arrebata a paixão.

Na paixão e no amor há o desejo,
O que faz essa boa conjunção
Unindo amantes na sedução,
Não se resolve só com beijo
Explode célere num lampejo.
Se doando e perdendo a calma,
Envolvendo até a própria alma,
Quando o fogo brilha nesse olhar
O corpo não consegue segurar,
E o desejo nunca que se acalma.

Um grande amor para ser completo,
Precisa ter paixão e loucura,
Carregado sempre com ternura
E ser de parceria, tão repleto,
Tornando-se anseio predileto.
Necessita, desejo e carinho,
Adentrado por um torvelinho,
Juntando todos os sentimentos,
Aproveitando esses momentos
Comemoram com taça de vinho.



By Lully e Domfiuza

Meus segredos




Meus segredos


Contei ao mar os meus segredos
Palavras nascidas com cores intensas
Coisas que só as ondas podem saber.

Catei conchinhas da cor da pele
Essa pele que me faz lembrar
Aqueles momentos do teu abraçar.

Mas estou prisioneira num tempo inatingível,
Na fortaleza do impossível
Pois os meus sonhos morreram ao luar.

A linda lua, com inveja, tomou-me por uma sereia
E me fez cair nas ondas do mar
Escondendo–me, como uma jóia, ao teu olhar...

Assim, fiquei perdida, na escuridão rendida
E vi os meus segredos, todos lá guardados
Esperando que o mar os devolva a ti...


Lully



A antítese de mim mesmo


Autor: Daniel Fiúza

16/09/2010



Não! Eu não sou esse q’eu mesmo penso.
Sou minha antítese diante do espelho,
Pareço à sombra do que me assemelho,
No próprio abismo que parece imenso.

Sou só apenas o meu tempo que venço,
Querendo o azul quando estou vermelho,
Seguindo a rota de um bom conselho,
No fio tênue de um ardil bom senso.

O que pareço oculta mil segredos
Da realidade que o poeta esconde,
Quando me perco nos meus próprios medos.

Quero mudar, mas eu nem sei pra onde.
Estão perdidos em mim velhos enredos
Que só o meu passado me responde.

Um beijo



Um beijo


Um beijo é como uma pétala de flor
Procure por ele lá no meu jardim
Se roubado então foi um beija-flor
Se for dado é porque eu quis assim.

Mas você não veio e senti a dor
Agora não sei o que será de mim
Um beijo é como uma pétala de flor
Procure por ele lá no meu jardim.

Tenho que viver com esse dissabor
Pois aquele a quem tanto quis
Voou longe roubando o meu amor
E levou o meu beijo cheio de ardis
Um beijo é como uma pétala de flor...


Lully

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