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A


VIOLETA


Não tenho a soberbia da orquídea
nem a altivez da rosa,
tampouco o esplendor dos lírios
e a beleza de tantas outras flores.

Sou a tímida violeta,
simples e comum até nas cores,
mas guardo dentro de mim
o segredo de tantos amores!

Pois se ao folheares o teu livro
tu me verás lá, um dia posta a secar,
e uma doce saudade virá a te
atormentar, então lembrarás
aquele tempo, quando colhida eu fui,
por alguém a quem entregastes
o teu coração!

Suave saudade, suave tormento de
um amor que já se foi, perdido no tempo!
E ao roçar as minhas pétalas secas
feche os teus olhos e sinta a ternura,
volte no tempo, quando conjugar
o verbo amar era tão fácil e quando
o "nós" era "um"...

Não feches o livro, mas sim os teus olhos,
revivas os momentos passados e felizes
que te trago agora, e não te importes
se ao tocar-me me despedaçastes,
o que eu queria te trazer já está aí
novamente em tua mente,
a doce lembrança do teu
primeiro amor!!

Alessandra

1/04/09



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